A entrada da quinta faz-se por uma espécie de pinhal tropical, onde altas palmeiras separam a faixa de rodagem de terra batida, do espaço com pinheiros que dá as boas-vindas aos visitantes da Quinta da Granja. Ao chegarmos, somos recebidos calorosamente pelo Xico, um dos cães da quinta que se aproxima para fazer a vistoria aos novos hóspedes da quinta.
A casa mãe ergue-se num espaço relvado e destaca-se do alojamento local e da capela. A porta de entrada está de frente para a pequena quinta e a zona de eventos. Do interior, sai Diana Ganhão que decidiu abraçar este projeto com os olhos bem postos no futuro.
As ideias e os projetos saem tão rapidamente tal como os cães que vieram ao nosso encontro. A zona de eventos está disponível para organizar comemorações ou convívios até 50 pessoas. A partir de outubro, o número aumenta para 100. “O espaço tem cozinha para dar apoio a uma equipa de catering e sala espaçosa, para fazer almoços para 30 pessoas, como a caldeirada, arroz de tamboril e outros pratos tradicionais da nossa zona”, explica Diana, 37 anos, natural de Atouguia da Baleia e proprietária da Quinta da Granja.
A adega é uma das novidades da Granja Farm House
Ainda no jardim estão as galinhas e os patos, que se querem noutro local de mais fácil acesso e envolvência da quinta, até porque ali, as ideias são muitas, explica Diana Ganhão: “Queremos fazer mais quartos para alojamento local e renovar esta área, incluindo uma piscina”.
O antigo lagar já se encontra pronto. Pintada em cor de tijolo, a pequena sala ainda com os utensílios tradicionais para a produção de vinho, agora decorativos, está hoje transformada num espaço para qualquer tipo de degustações.
“Queremos que este seja um espaço mais reservado, dedicado a eventos mais personalizados e exclusivos. Queremos que as oito ou dez pessoas que estejam aqui se sintam bem, possam partilhar histórias e conversar sobre aquilo que estão a beber ou apreciar”, quer no interior ou no espaço exterior envolvente.
“Aqui, existe ambiente para provar um bom vinho ou destilados de forma reservada e vendo eu que não há muitos espaços dedicados a esse tipo de eventos. Com esta aposta pensamos que podemos oferecer algo diferente aos hóspedes”.
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O alojamento local, afastado da casa principal, já estava recuperado e foi o início de um novo ciclo para a vida de Diana. “Tive um negócio familiar durante muitos anos com os meus pais, e desde que saí que quis ter um projeto novo. Assim, surgiu a ideia de fazer aqui um alojamento local e, posteriormente, outros eventos”.
A unidade abriu ao público a 1 de julho. É composta por uma casa com capacidade para quatro pessoas, sala grande, cozinha, dois quartos, um com cama de casal, e outro com duas de solteiro e casa de banho. Apesar da curta experiência, o feedback tem sido positivo, confessa a empreendedora: “As pessoas adoram e dizem que voltam. Principalmente porque têm crianças e têm muito espaço para brincar”.
A quinta, com cerca de oito hectares, ainda está a cerca de 30 por cento da sua capacidade, mas já há muitos pontos de interesse. “Fui com os miúdos dos últimos hóspedes ver os animais, os patos e as galinhas e eles apanharam umas penas e depois andaram aqui pela relva todos contentes. Não estão habituados a este ambiente e são estas experiências que queremos valorizar”.
A localização também é o ponto forte. Além de estar a dois minutos da saída da IP6 antes da cidade de Peniche, a distância de um quilómetro e meio da praia de Supertubos faz a diferença pela positiva. “Mas a envolvência é o principal até agora, também podem trazer os animais de estimação e estão à vontade porque não fogem”.
O futuro parece promissor para o projeto de Diana. Prespectivam-se eventos àà medida, retiros espirituais, aluguer de capela para cerimónias religiosas, o desenvolvimento de uma horta vocacionada para os clientes, tudo a pouco mais de 45 minutos de Lisboa e a dois minutos da praia.
Carregue na galeria e conheça um pouco melhor a Granja Farm House.