Há 15 anos, Duncan Porter e a sua esposa escolheram o glaciar do Ródano, situado nos Alpes suíços, para realizar uma foto em casal. Recentemente, decidiram recriar esse momento no mesmo local, mas a diferença de 15 anos e o derretimento do gelo tornaram a publicação viral.
O ponto de partida foi uma partilha de Duncan, um programador de software, na rede social X, onde publicou ambas as fotografias. Na descrição, escreveu: “Quinze anos menos um dia entre estas fotografias. Capturadas hoje (4 de agosto) no glaciar do Ródano, na Suíça. Não vou mentir, fez-me chorar”.
Duncan é membro de um grupo de ativismo climático no sudoeste da Inglaterra, e no seu perfil, muitas das publicações e comentários estão ligados a questões ambientais. Esta publicação, em particular, gerou várias reações entre os internautas.
Alguns questionaram se ele teria chegado ao destino de avião, contribuindo assim para a poluição. Em resposta, Duncan afirmou que reduziu substancialmente as suas deslocações recorrendo a transportes aéreos. Outros argumentaram que a situação é normal e que as fotografias apresentam ângulos ligeiramente diferentes.
A primeira fotografia foi tirada em 2009, durante uma viagem de carro a dois. O programador e a enfermeira ficaram tão satisfeitos com o resultado que decidiram emoldurar a imagem e colocá-la na parede da sua cozinha, conforme reportou o “The Guardian”.
A imagem mais recente foi captada durante umas férias em família com as filhas, Maisie e Emily. O casal planeou uma viagem de caravana pela Europa e, por acaso, acabaram por chegar ao local da primeira fotografia, para que todos o conhecessem.
“Tiveram a ideia de recriar a fotografia para nós,” contou Duncan ao jornal britânico. Além da ligação emocional que partilham, o programador sublinhou o quão “impressionante” foi testemunhar o recuo do glaciar num período tão curto como uma vida humana. Ao comparar as duas imagens, é evidente que uma porção da camada de gelo desapareceu, revelando rochas e um lago na fotografia mais recente.
A Suíça perdeu cerca de 10 por cento do seu gelo glaciar em apenas dois anos, consequência da rápida subida das temperaturas na Europa, afirma a “EuroNews”.