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A nova Rota do Enoturismo de Torres Vedras vai encantar os apaixonados por vinho

São 14 os produtores que se juntam a este projeto. O objetivo é promover o território rico em vinhas e vinho de boa qualidade.
Conheça este roteiro.

Com um brinde à tradição e à inovação, Torres Vedras celebrou recentemente a inauguração da Rota do Enoturismo. Reunindo 14 produtores locais, a iniciativa promete entusiasmar todos os apaixonados por vinho, transformando a região num destino imperdível para quem busca novas experiências e sabores inesquecíveis.

A novidade foi apresentada no dia 26 de outubro, marcando um passo significativo para o município de Torres Vedras em direção à valorização do seu património vitivinícola. Num evento realizado nas históricas instalações do Instituto da Vinha e do Vinho, reuniram-se entusiastas e produtores locais, unidos para celebrar os vinhos da região.

A presidente da Câmara Municipal, Laura Rodrigues, abriu a cerimónia, enfatizando a importância desta iniciativa para o concelho. “A Rota do Enoturismo congrega os principais produtores de vinho da região e é fruto de um esforço conjunto que visa promover e valorizar o vasto património vitivinícola de Torres Vedras”, afirmou.

Composta por 14 produtores — incluindo AdegaMãe, Adega Cooperativa de Carvoeira e Quinta da Almiara, entre outros — a rota oferece aos visitantes uma oportunidade única de explorar o mundo do vinho. Cada produtor foi meticulosamente selecionado e está devidamente licenciado pela Comissão Vitivinícola da Região de Lisboa, garantindo a qualidade das experiências que serão oferecidas.

Os participantes da rota poderão desfrutar de visitas guiadas e provas de vinhos, mergulhando na rica história e tradição que cercam a viticultura local. Todos os produtores que integram o guia da Rota do Enoturismo de Torres Vedras estão identificados com sinalética rodoviária e turística. Desta forma, a iniciativa consegue destacar os vinhos locais e afirmar Torres Vedras como um destino de excelência para o enoturismo.

Dulcineia Ramos, vereadora do Turismo da Câmara Municipal, também destacou a relevância do vinho como um dos cinco produtos âncora identificados no Plano Estratégico de Desenvolvimento e Marketing Turístico de Torres Vedras. “O vinho tem a capacidade de proporcionar a diminuição da nossa taxa de sazonalidade”, afirmou, sublinhando como o enoturismo pode atrair visitantes durante todo o ano e fortalecer a economia local.

A adesão à rota é um processo aberto, onde novos produtores podem solicitar a sua inclusão, desde que cumpram critérios específicos. Isso garante que apenas os melhores e mais preparados estejam representados, contribuindo para a integridade e a excelência da rota.

“Homens corajosos e bons vinhos não duram muito tempo”

A frase é de Anthony Quinn, em “O Segredo de Santa Vitória”. Neste território, caracterizado por ter a maior mancha de vinha do País, a importância da colaboração entre os setores público e privado foi enfatizada por Anabela Freitas, vice-presidente do Turismo Centro de Portugal. Durante a intervenção, destacou que “o turismo é economia e os privados é que fazem acontecer”. Freitas acredita que, com uma partilha clara de objetivos, é possível avançar e desenvolver territórios de maneira coesa e sustentável.

A Rota do Enoturismo de Torres Vedras não é apenas uma nova atração turística, é uma homenagem à terra e às suas gentes, um convite para que todos se deixem seduzir pelos sabores e aromas que emergem de cada garrafa. As paisagens misturam-se com a tradição e a modernidade, criando uma experiência rica e multifacetada para os visitantes.

Os vinhos de Torres Vedras, com a sua diversidade e qualidade, têm tudo para se destacarem ainda mais no cenário nacional e internacional. Esta rota representa um caminho para o futuro, onde a paixão pelo vinho se transforma em desenvolvimento económico e cultural.

À medida que a Rota do Enoturismo se estabelece, a expectativa é alta. Visitantes de todo o País e do mundo são esperados para descobrir o que Torres Vedras tem para oferecer. O futuro do enoturismo na região está apenas a começar, e a Rota de Torres Vedras promete ser um dos seus principais protagonistas.

Glossário para apreciadores de vinho

Corpo — Termo que descreve a sensação de peso e consistência do vinho na boca, indicando que possui estrutura e carácter.

Elegante — Designação usada para identificar um vinho distinto, harmonioso na cor e no aroma, equilibrado no gosto e delicado.

Encorpado — Designa um vinho cheio que normalmente se apresenta pesado e com elevado teor alcoólico.

Fresco — Diz-se de um vinho que, pela sua acidez natural, transmite uma sensação de frescura. É uma característica positiva.

Longo na boca — É um vinho cujos caracteres aromáticos se manifestam prolongadamente, no paladar e na via retro nasal, mesmo depois de serem engolidos.

Redondo — Diz-se de um vinho harmonioso, equilibrado, macio e aveludado.

Final de boca — Gosto ou sensação final que o vinho deixa na boca, depois de provado ou bebido. Pode ser longo ou curto, consoante esse gosto ou sensação permanece durante mais ou menos tempo.

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