A Marchinha dos Fortes, um desafio não competitivo, com foco na resistência, vai decorrer no próximo domingo, 19 de outubro, em Sobral de Monte Agraço. Esta caminhada gratuita, destinada a famílias, curiosos e amantes da história, passa por diversas fortificações das Linhas de Torres Vedras, incluindo antigos redutos militares, fortes e fortins. O ponto de encontro e de partida será no Forte do Alqueidão, às 9h30. O percurso, com cerca de quatro quilómetros, terá uma duração aproximada de duas horas, com fim previsto para as 11h30.
A iniciativa celebra o legado das Linhas de Torres Vedras, sistema defensivo português da época das invasões napoleónicas, e proporcionar uma experiência interativa pelos trilhos que outrora serviram de rota aos soldados que defendiam Lisboa. Durante o percurso, os participantes terão oportunidade de enfrentar desafios pedagógicos, explorando o que os militares carregavam nas suas mochilas e aprendendo sobre aspetos práticos da vida dos soldados.
Ao final da marcha, há ainda uma ação simbólica e ecológica: plantação de árvores autóctones, como forma de ligação entre memória, natureza e comunidade. As inscrições são limitadas e obrigatórias, mas gratuitas, devendo ser feitas por e-mail (cilt@nullcm-sobral.pt) ou telefone (261 942 296).
O Forte do Alqueidão
O Forte de Alqueidão, fundado a 1809, é uma das estruturas militares construídas durante a Guerra Peninsular por ordem do general Arthur Wellesley, futuro Duque de Wellington. O forte localiza-se na freguesia de São Quintino, a dois quilómetros de Sobral de Monte Agraço, no topo da Serra de Monte Agraço, a 439 metros de altitude.
Juntamente com outras sete fortificações, as Linhas de Torres desempenharam um papel fulcral na defesa de Lisboa, ao impedir o avanço das tropas napoleónicas. Este sistema de defesa revelou-se decisivo na vitória anglo-portuguesa na terceira vaga da invasão.
De referir que este não será o único evento que irá recordar a Guerra Peninsular. No Bombarral, no sábado, dia 18 de outubro, vai-se realizar uma recriação histórica da Batalha da Roliça, que transportará o público ao dia 17 de agosto de 1808. Este momento representou o primeiro combate vitorioso do exército anglo-português durante as Invasões Francesas. Esta iniciativa visa sensibilizar para a memória local e oferecer uma experiência vivida da história, evocando o drama, a tática e o sacrifício daqueles tempos.

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