A Nazaré é um lugar repleto de histórias em cada esquina, seja pela sua rica tradição pesqueira, seja pelas ondas gigantes que atraem surfistas de todas as partes do mundo. A exposição “Retratos que Contam Histórias”, no Centro Cultural da Nazaré, convida os visitantes a explorarem o passado desta vila através de uma perspetiva única: fotografias cedidas por residentes e por estrangeiros que visitaram a Nazaré nas décadas de 70, 80 e 90.
Com uma localização privilegiada à beira-mar, o município sempre foi um ponto de passagem e residência para pescadores e navegadores. A identidade da vila foi moldada pela sua relação profunda com o mar, que se reflete no ambiente tradicional que ainda hoje se mantém, com ruas estreitas e casas de pescadores. A cultura local é vibrante, manifestando-se na gastronomia, nas festas tradicionais e no quotidiano das suas gentes, que continuam a valorizar as suas origens.
Nos últimos anos, a Nazaré conheceu uma transformação significativa, impulsionada pela fama internacional das ondas gigantes na Praia do Norte. O turismo, que se tornou uma das principais fontes de rendimento da vila, trouxe novas infraestruturas e alterou tanto a paisagem como o ritmo de vida local.
A exposição, que estará disponível de 15 de março a 6 de abril, tem como propósito principal revelar aos visitantes como era a Nazaré no passado, apresentando imagens de famílias que visitaram a vila e que, ao regressarem, notam as mudanças de um lugar que, apesar de continuar “encantador“, já não é o mesmo.
“Cada fotografia é um pedaço de memória, uma forma de preservar histórias e de mostrar às novas gerações como a Nazaré era antes das grandes transformações que alteraram a cidade”, enfatiza a autarquia.
“Retratos que Contam Histórias” não é apenas uma exposição fotográfica, mas uma homenagem à vila, às suas metamorfoses e a todos aqueles que, de alguma forma, contribuíram para a sua história. As imagens permitem estabelecer uma ligação direta com o passado, revivendo momentos que continuam a narrar o que foi a vila e o que representa atualmente, tanto para aqueles que a conheceram como para as novas gerações que a estão a descobrir.
O Centro Cultural da Nazaré, que outrora funcionou como a antiga lota, era o local onde o peixe era leiloado, colocado sobre bancadas e vendido por funcionários da Junta Central da Casa dos Pescadores, por ordem decrescente de preço. Atualmente, este espaço é dedicado à cultura, oferecendo diversas exposições e atividades ao longo do ano.
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