O percurso da liberdade confunde-se com a história de Peniche. Local de uma das mais importantes prisões durante o Estado Novo e palco da maior fuga de presos políticos no nosso País, a cidade piscatória é constantemente recordada como um símbolo de liberdade nestes 50 anos após o 25 de abril de 1974.
“A Censura na BD” é mais uma exposição que espelha essa realidade, num trabalho conjunto entre a Câmara Municipal de Peniche, o Clube Recreativo Penichense e a Onda — Comunicação e Cultura. A abertura está marcada para o feriado da Implantação da República, 5 de outubro, pelas 15 horas, seguida de uma palestra denominada “Estado Novo aos Quadradinhos”, pelo professor António Martinó Coutinho, presidente da Assembleia-Geral do Clube Português de Banda Desenhada, clube que, em conjunto com a autarquia de Moura e o Grupo de Intervenção e Criatividade Artística de Viseu (GICAV), é responsável pela produção desta mostra.
Baseada numa série de artigos que o investigador Carlos Gonçalves publicou há alguns anos na rubrica “Correio da BD”, esta exposição revisita um tempo em que as “Histórias aos Quadradinhos” eram alvo da tesoura e do lápis azul da censura, alterando imagens, textos e até os nomes de alguns personagens, como é o caso de Battler Britton, o famoso aviador inglês batizado, até hoje, como Major Alvega. A mostra é composta por 18 painéis, que ficarão patentes no Clube Recreativo Penichense até 13 de outubro.