O ciclo “Fronteiras” está de regresso a Alcobaça com uma programação de nove espetáculos, de 19 de outubro a 7 de dezembro de 2024. Este evento, que aposta na música erudita contemporânea, abre novos horizontes ao cruzar esta vertente com outros géneros musicais como o jazz, folk e pop, criando um diálogo artístico inovador e estimulante.
A decorrer em espaços emblemáticos da cidade de Cister, como o Mosteiro de Alcobaça, o Museu do Vinho, o Armazém das Artes e o Cine-Teatro de Alcobaça, o ciclo “Fronteiras” celebra compositores de várias épocas, de Rameau a Stravinsky, passando por Schubert e Debussy, entre outros.
Esta fusão única dá também destaque à música minimalista e à tradicional portuguesa, oferecendo ao público uma experiência eclética e inesquecível. Com bilhetes entre 6€ e 15€, os ingressos para os concertos no Cine-Teatro de Alcobaça podem ser adquiridos diretamente no local ou online. Para os restantes espetáculos, os bilhetes estão disponíveis também online.
Confira abaixo a programação detalhada.
19 de outubro
O Armazém das Artes recebe dia 19, às 18 horas, o pianista e compositor Carlos Filipe Cruz, que abordará a música de Coimbra e as comemorações dos 50 anos do 25 de abril. “Lembrança do que está só — Coimbra e a Liberdade” traz-nos obras que vão de Carlos Paredes a José Afonso, num imaginário onde a música tradicional e erudita se fundem.
20 de outubro
Vindo de Berlim, o Vision String Quartet aterra no Salão da Biblioteca do Montebelo Mosteiro de Alcobaça Historic Hotel para desafiar expetativas, num concerto que vai “Do Clássico ao Pop-Rock”. Dividido em dois momentos, poderá ouvir o famoso “Quarteto de cordas em Fá Maior”, de Maurice Ravel, seguido de uma abordagem pop-rock, com esta formação a interpretar alguns temas do seu mais recente álbum “Spectrum”.
Este quarteto de cordas conhecido por interpretar de memória e de forma enérgica o repertório, ora clássico, ora de fusão com outros mundos musicais, atua pela primeira vez em Portugal. O grupo que encontra inspiração “fora da bolha clássica”, como descreveu a crítica após a recente atuação nos BBC Proms, tem atuado nas mais importantes salas europeias, como a Elbphilharmonie de Hamburgo e Wigmore Hall, em Londres.
26 de outubro
No dia 26 de outubro, o Sonas Quartet, grupo de músicos jovens e emergentes da Europa, viaja até ao Celeiro do Mosteiro de Alcobaça para interpretar obras de N. Paganini, I. Stravinsky e R. Schumann.
2 de novembro
A abrir o mês de novembro, no dia 2, voltamos ao Cine-Teatro de Alcobaça João d’Oliva Monteiro para acolher a Banda Sinfónica Portuguesa e uma imperdível “Homenagem a George Gershwin”, sob a direção musical de José Rafael Pascual Vilaplana e com Raúl da Costa ao piano.
10 de novembro
O Armazém das Artes recebe um recital de piano às 18 horas de dia 10 de novembro, pelo francês Xavier-Charles Catta. O concerto é dedicado a compositores franceses do período entre o Romantismo e o Impressionismo, ainda pouco conhecidos do grande público, como Charles Bordes, Gabriel Pierne e Cécile Chaminade. Esta última foi a primeira compositora a ser agraciada com a Legião de Honra (França) e a sua inclusão na programação Cistermúsica reforça o compromisso que temos com a “Música no Feminino”.
24 de novembro
O Celeiro do Mosteiro de Alcobaça recebe um concerto de tributo a Ryuichi Sakamoto, um dos mais aclamados compositores internacionais. Além de uma seleção de obras do histórico disco 1996, estas serão acompanhadas por peças de vídeo arte, concebidas para este projeto pelo pianista João Vasco, a quem se juntará Pedro Lopes ao violino e Fernando Costa no violoncelo.
30 de novembro
O Museu do Vinho de Alcobaça recebe o duo de voz e piano, Rita Maria & Filipe Raposo, que nos traz “The Art of Song vol. 2 — Between Sacred and Profane”. Um trabalho que percorre o território da música clássica, do jazz e das canções tradicionais, pedra angular desta criação.
7 de dezembro
A Banda Sinfónica de Alcobaça encerra o Fronteiras no Cine-Teatro de Alcobaça João d’Oliva Monteiro, onde nos tem habituado a concertos temáticos com assistências significativas para interpretar um programa ambicioso, intitulado “Olhar o Futuro”.
