cultura

Há 2 novas mostras de cerâmica para ver nos Armazéns das Artes

As exposições, em Alcobaça, “Pratos da Guerra, Pratos de Paz” e “José Aurélio — Uma Retrospectiva de Cerâmica” são gratuitas.
A nova exposição, “José Aurélio - Uma Retrospetiva de Cerâmica”.

A cerâmica de Alcobaça é uma tradição viva que se reinventa a cada dia. A história da cerâmica alcobacense começa em tempos imemoriais e prevalece até aos dias de hoje. Ao longo dos séculos, esta arte moldou não apenas a economia local, mas também a identidade da região.

Dos monges barristas, que moldavam o barro, até aos modernos artistas que exploram novas técnicas e inspirações, a cerâmica de Alcobaça sempre soube adaptar-se e evoluir. Fábricas como a Raul da Bernarda ou a Vestal tornaram-se referências, combinando tradição e inovação para criar peças que conquistaram o mercado nacional e internacional.

O Armazém das Artes é uma Fundação Cultural, independente e sem fins lucrativos, inaugurado em 2007 pelo escultor José Aurélio. A sua sede, localizada no centro histórico de Alcobaça, recebe exposições e espetáculos.

Inspirado pela iniciativa da Olaria de Alcobaça nos 40 do século passado, que dava nota sobre os avanços dos aliados durante a Segunda Guerra Mundial e da admiração que o artista José Aurélio nutre por esse movimento e respetivo resultado, o Armazém das Artes vai exibir novamente, entre 20 de agosto e 2 de março de 2025, a exposição “Pratos da Guerra, Pratos de Paz”.

“Desta vez, num diálogo contextual entre os pratos que restam do tempo da Grande Guerra e aquilo que os artistas contemporâneos têm para nos trazer nas suas reflexões, visões, pensamentos, conclusões e dúvidas sobre a guerra e a paz, tema que se revela pertinente e, diríamos, permanente para toda a história da Humanidade”, pode ler-se na apresentação do evento nas redes sociais.

A exposição exibe peças da coleção de olaria de Alcobaça de António Villa Nova e de Carlos e Conceição Marques. Conta também com alguns artistas convidados como ana+betânia, José Aurélio, Liliana Sousa, Paulo Óscar, Sofia Areal, Thierry Ferreira, Virgínia Fróis, Conceição Cabral e Wilson Esperança.

“Pratos da Guerra, Pratos de Paz”.

No dia 20 de agosto, terça-feira, também chegou outra mostra de cerâmica. A nova exposição, “José Aurélio – Uma Retrospetiva de Cerâmica”, vai estar patente até 2 de março de 2025. A entrada é livre para ambas.

Durante dez anos, José Aurélio pensou que seria na cerâmica que encontraria a sua fonte de expressão. Foi o único período do percurso artístico do escultor em que se dedicou a uma única matéria. Volvida esta década, dedicou-se à exploração de múltiplos materiais e expressões, da madeira ao ferro, passando pela pedra.

Esta exposição é uma compilação da sua atividade artística dedicada à cerâmica e é, simultaneamente, uma retrospetiva nunca antes feita. A curadoria é de Alberto Guerreiro e conta com o apoio do Município de Alcobaça, do Centro de Artes das Caldas da Rainha e do Museu José Malhoa. Pode visitar as exposições quinta e sexta-feira, das 14 às 17 horas, e nos fins de semana e feriados, das 10 às 12h30 e das 14 às 18 horas. Às sextas feiras, o horário é alargado até às 22 horas.

Este sábado, 24 de agosto, celebra-se o Dia do Artista. O objetivo da efeméride é homenagear todos aqueles que, com a sua arte, fazem o homem sonhar. Pelo Armazém das Artes todos são bem-vindos a expressar o artista que têm dentro de si com uma atividade preparada para todas as idades, feitios e vontades. A proposta é simples: uma sala forrada a papel. Haverá tintas, lápis e outros materiais à disposição para os visitantes pintarem e se expressarem livremente. Podem ficar o tempo que quiserem, pintam quanto e como desejarem.

Assim se vai celebrar a efeméride nos Armazéns das Artes, entre as 10 e as 12h30, na sala polivalente. A atividade custa 4€ e é necessário fazer marcação prévia através do email (geral@nullarmazemdasartes.pt). É aconselhável levar roupa que se possa sujar e uma toalha.

MAIS HISTÓRIAS DO OESTE

AGENDA