Quando se fala de desenhos animados é difícil não pensar imediatamente na Disney e na Pixar. Os estúdios uniram forças e quem ganha é o público que, ao longo das últimas décadas, tem tido a oportunidade de assistir a filmes que encantam miúdos e adultos. E há novidades a chega.
A Disney aproveitou o Annecy International Animation Film Festival, que decorreu entre 8 e 14 de junho na cidade de Annecy, em França, para anunciar que vai regressar à animação que aposta num estilo visual de imagens desenhadas à mão, com “Gatto”.
A técnica utilizada em obras clássicas da Disney como “A Branca de Neve e os Sete Anões”, “A Bela e o Monstro” ou A Pequena Sereia”, será pela primeira vez usada num filme da Pixar. A empresa vai combinar a tradicional CGI com pinturas 2D criadas à mão.
A produtora revolucionou a indústria de animação, com conteúdos que trouxeram uma grande qualidade de imagem e inovação nos efeitos especiais. Para além do uso do CGI, a Pixar — fundada por Edwin Catmull, Alvy Ray Smith e Steve Jobs — trouxe também histórias que deixaram de ser apenas para os mais novos, e que ganharam complexidade.
No entanto, os últimos anos têm revelado uma mudança no interesse do espectador de animação. O sucesso de filmes como “Flow”, lançado em 2024, e realizado por Gints Zilbalodis, na Letónia, conquistou o Óscar de “Melhor Filme de Animação” este ano, provando que há filmes independentes que abrem espaço para novas reflexões.
Assim, “Gatto”, com data de estreia prevista para 2027, vai trazer um estilo visual diferente do que se tem feito nos últimos anos. A narrativa, que terá Veneza como pano de fundo, conta a história de Nero, um gato preto de rua, que deve dinheiro a um chefe da máfia felina. Forçado a adaptar-se e a criar uma verdadeira, mas improvável, amizade, Nero começa a pensar se tem vivido da forma certa até então.
A realização do filme está a cargo de Enrico Casarosa, cineasta responsável por “Luca”, lançado em 2022, também passado em solo italiano. Casarosa integrou ainda a equipa de outras obras conceituados da Pixar, como “Ratatui”, “Up: Altamente” e “Coco”. O realizador promete trazer uma forte componente musical, com uma banda sonora incomum.
A Disney aproveitou também a presença no festival francês para afirmar que vai continuar a apostar no lançamento de sequelas de filmes bem-sucedidos, partilhando a sequência inicial de “Toy Story 5”, com data de estreia prevista para 19 de junho de 2026.