Após uma edição que trouxe milhares de visitantes e grandes nomes da literatura mundial à vila de Óbidos, o Fólio já tem novo tema para o próximo ano. Em 2026, o festival vai decorrer vai decorrer entre 8 e 18 de outubro, sob o tema “Para além da Pele”, com a promessa de voltar a reunir leitores, escritores e pensadores de todo o mundo.
A nova temática parte de uma metáfora poderosa: a pele como fronteira entre o interior e o exterior, o visível e o invisível. O desafio é olhar “para além da pele” — do corpo, do território e até das ideias — e explorar as camadas que nos ligam à natureza, à memória e uns aos outros. O festival quer ir mais fundo, convidando o público a pensar sobre o que se esconde sob a superfície das coisas.
Segundo a organização, o tema permitirá cruzar corpo, território, cuidado, ecologia e memória, num programa que vai, como sempre, muito além da literatura. Esperam-se conversas, performances, exposições, concertos e experiências que envolvam também as artes visuais, a filosofia e o pensamento contemporâneo.
O Fólio tem vindo a afirmar-se como um dos eventos literários mais importantes de Portugal, atraindo todos os anos milhares de visitantes à vila medieval de Óbidos. A edição de 2025 foi uma das mais concorridas de sempre, com mais de 100 mil visitantes e a presença de vencedores do Prémio Nobel da Literatura e do Prémio Camões, consolidando o estatuto internacional do festival.
Para 2026, o objetivo é continuar a crescer, reforçando Óbidos como uma vila literária viva e aberta ao mundo. “Para além da Pele” será, mais do que um tema, um convite à curiosidade e à empatia — uma forma de pensar o corpo, o planeta e as fronteiras humanas através da arte e da palavra.
Com este mote, o Fólio volta a prometer aquilo que melhor sabe fazer: transformar Óbidos num lugar onde a literatura se mistura com a vida, e onde cada visitante é desafiado a ver, sentir e pensar um pouco para além da pele.
Na edição que terminou este domingo, 19 de outubro, os principais destaques foram a presença de Svetlana Alexievich e John Maxwell Coetzee, ambos galardoados pela Academia Sueca. László Krasznahorkai, o vencedor do Nobel deste ano, também estava confirmado no festival de Óbidos, contudo teve de desmarcar por problemas de saúde.

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