Formada em Pintura pela Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa, Helena Almeida (1934-2018), cuja arte acolheu de herança, era filha do escultor Leopoldo de Almeida, o autor do Padrão dos Descobrimentos. Começou a ter contacto com a arte abstrata em Paris, onde residiu enquanto completou os seus estudos através de uma bolsa de estudo da Fundação Calouste Gulbenkian.
Regressou ao País em 1967 e em Lisboa lançou-se com a sua primeira exposição individual na Galeria Buchholz. A sua arte começa a destacar-se em Portugal e a nível internacional. A artista plástica deixou um legado de 50 anos de carreira com obras expostas em vários países e continentes. Até 6 de outubro poderá visitar a exposição da artista intitulada “Helena Almeida — Habitar a Obra”.
Sob a organização da Fundação Serralves — Museu de Arte Contemporânea, no Porto, a exposição reúne um conjunto de obras da artista plástica, pertencente à coleção Serralves e a importantes coleções em depósito na Fundação. “Habitar a Obra” reflete aspetos centrais e momentos distintos do percurso artístico singular de Helena Almeida, marcado pelo interesse pelo corpo, o seu lugar central e o seu encontro performativo com o mundo.
A exposição está patente no Museu Leopoldo de Almeida, cuja escolha para a apresentação da coleção é de cariz simbólico, uma vez que este espaço museológico é dedicado à obra escultórica do pai de Helena Almeida e foi concebido à imagem do atelier em que trabalharam juntos.
A mostra, de entrada livre, integra o Programa de Exposições Itinerantes da coleção Serralves cujo principal objetivo é divulgar o acervo da Fundação a públicos distintos em todas as regiões do País. Pode ser visitada de quarta a segunda, das 9 às 12h30 e das 14 às 17h30. O Museu integra o Centro de Artes de Caldas da Rainha, que faz parte da Rede Portuguesa de Arte Contemporânea (RPAC) da Direção-Geral das Artes (DGArtes).
