Durante muitos anos, Olivier Marchal dedicou a sua vida à carreira de polícia, pelo menos até descobrir a sua verdadeira vocação no cinema. Agora, é o realizador de um dos filmes mais populares do momento na Netflix: “Bastion 36”. Lançado a 28 de fevereiro, já esteve no top da plataforma e, atualmente, é o sexto mais visto em Portugal.
A história acompanha Antoine Cerda, interpretado por Victor Belmondo, neto do lendário Jean-Paul Belmondo. Cerda é um comandante da Brigada de Investigação e Intervenção (BRI) transferido para a Brigada Anti-Crime (BAC) após enfrentar problemas disciplinares.
A nova posição coloca-o numa rede de desconfiança e desafios que se tornam ainda mais árduos quando dois dos seus antigos colegas são assassinados e um terceiro desaparece misteriosamente. Determinado a descobrir a verdade, inicia uma investigação por conta própria, o que o leva a uma espiral de corrupção, traições e lealdades duvidosas.
O elenco conta com nomes como Tewfik Jallab, que interpreta Sami Belkaïm, líder da BRI e ex-colega de Cerda, e Yvan Attal, no papel de Charles Balestra, uma figura misteriosa cuja verdadeira intenção só se revela no desenrolar da trama. Fauve Hautot também tem uma participação de destaque e interpreta a dona de um bar parisiense, que se torna peça-chave na investigação.
A receção dos críticos tem sido mista. Alguns elogiam a autenticidade e a tensão do enredo, enquanto outros criticam o desenvolvimento da história e o desfecho. “Com tensão constante, atmosfera opressiva e narrativa envolvente, Marchal constrói um thriller policial intenso e imersivo”, disse o “Télérama”. “O filme tem uma conclusão decepcionantemente simplista e profundamente cínica, que chega nos últimos dez minutos para nos frustrar e deprimir”, disse o “Decider”.
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