Na véspera do Dia da Cidade das Caldas da Rainha, assinalado a 15 de maio, mantém-se viva uma tradição que marca gerações há décadas: o emblemático concerto na Praça 25 de Abril, em frente à Câmara Municipal. Este ano, a 14 de maio, a festa faz-se ao som de uma das mais conhecidas bandas portuguesas — os GNR — que irão revisitar alguns dos êxitos mais marcantes dos últimos 40 anos.
As Festas da Cidade arrancam com um cartaz diversificado, pensado para reunir diferentes gerações em torno da música e da identidade cultural caldense. A noite de abertura começa às 21h30 com os Outsiders. Pelas 22h30, o palco principal acolherá o concerto dos GNR. Para encerrar a noite está preparado um espetáculo piromusical e multimédia, que iluminará o céu.
No dia seguinte, 15 de maio — feriado municipal —, as comemorações continuam no mesmo local e à mesma hora. A Banda Comércio e Indústria, acompanhada por várias vozes bem conhecidas da cidade, será a protagonista da noite, encerrando as celebrações. Todos os concertos são de entrada livre.
Localizada na região Oeste, a cidade das Caldas da Rainha tem uma origem profundamente ligada à figura de D. Leonor, rainha de Portugal no século XV. Foi em 1485, ao passar pela zona, que a monarca se deparou com águas termais utilizadas pela população local para fins terapêuticos. Sensível às necessidades dos mais carenciados, mandou construir um hospital termal junto às nascentes, dando assim origem à cidade e ao que é considerado o primeiro hospital termal do mundo, criado com fins exclusivamente terapêuticos e de acesso gratuito.
Desde então, a cidade desenvolveu-se em torno do termalismo, assumindo uma identidade marcada pela saúde, pelo acolhimento e pelo bem-estar. Este momento está na origem do feriado municipal de 15 de maio, que presta homenagem à Rainha e ao seu contributo para a história e identidade da cidade.
Ao longo dos séculos, as Caldas da Rainha afirmaram-se também como um centro artístico e cultural de grande importância, especialmente no campo da cerâmica. A irreverência e criatividade da cerâmica caldense, eternizada por nomes como Rafael Bordalo Pinheiro, tornaram-se na imagem de marca da cidade, contribuindo para a sua singularidade e projeção a nível nacional.