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Artesãos das Caldas da Rainha organizam exposição de homenagem à Rainha D. Leonor

Evento vai acontecer no Hospital Termal e insere-se nas celebrações dos 500 anos da morte da fundadora da cidade.

A cidade vai celebrar a sua fundadora de uma forma muito especial. Entre os dias 1 e 16 de novembro de 2025, o histórico Hospital Termal será palco da exposição “A Rainha pelas Mãos dos Artesãos”, organizada pela Associação de Artesãos das Caldas da Rainha. A inauguração está marcada para 1 de novembro, às 14 horas, e a entrada é livre.

A mostra integra-se nas comemorações dos 500 anos da morte da Rainha D. Leonor, uma das figuras mais marcantes da história portuguesa e a grande responsável pela origem da cidade. Cada peça exposta — criada por diferentes artesãos locais, com técnicas e materiais diversos — é uma homenagem à mulher visionária que fez das Caldas um símbolo de arte, saúde e solidariedade.

“Esta exposição é mais do que uma mostra de trabalhos — é a afirmação de um espírito coletivo”, salienta a organização. A iniciativa reúne ceramistas, bordadeiras, escultores, pintores e outros artistas que, com as suas mãos e criatividade, reinterpretam a figura e o legado da Rainha D. Leonor. “Cada obra é singular, mas todas se unem num mesmo gesto: celebrar a Rainha, celebrar as Caldas e celebrar o artesanato”, pode ler-se na apresentação da mostra.

A Rainha que deu origem às Caldas da Rainha

Nascida em 1458, D. Leonor de Viseu foi rainha consorte de Portugal pelo seu casamento com o rei D. João II. Reconhecida pela sua inteligência, generosidade e espírito reformador, destacou-se como uma das mulheres mais influentes do seu tempo.

A história conta que a cidade das Caldas da Rainha nasceu graças a um gesto seu. Durante uma viagem, D. Leonor terá encontrado aldeões a banharem-se em águas quentes que diziam ter propriedades curativas. Curiosa, a rainha experimentou-as e viu a sua própria saúde melhorar. Reconhecendo o valor terapêutico daquelas nascentes, mandou construir, em 1485, um hospital termal para tratar todos os que precisassem — o Hospital Termal das Caldas da Rainha, considerado o mais antigo do mundo ainda em funcionamento.

Além da sua ligação às termas, D. Leonor fundou também a Santa Casa da Misericórdia, instituição que se tornaria um pilar da assistência social em Portugal. O seu legado estende-se muito para além da realeza — é lembrada como uma mulher à frente do seu tempo, que aliou compaixão, fé e visão.

Leia também este artigo da NiO sobre o paraíso termal do século XIX, que recebeu reis e presidentes e quase desconhecido no Oeste.

Carregue na galeria para ver algumas imagens das Termas dos Cucos, situadas a dois quilómetros do centro de Torres Vedras.

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