O Carnaval de Torres Vedras, uma das maiores e mais emblemáticas festas populares do País, está a caminho de alcançar um marco importante na sua história: a inscrição na Lista Representativa do Património Cultural Imaterial da Humanidade da UNESCO.
No passado sábado, dia 30 de novembro, a Câmara Municipal de Torres Vedras deu o primeiro passo para tornar este sonho numa realidade, ao apresentar a intenção de candidatura numa sessão aberta à comunidade.
A reunião teve lugar no auditório do edifício dos Paços do Concelho, e contou com a presença da presidente da Câmara Municipal, Laura Rodrigues, do diretor executivo do Centro de Artes e Criatividade, Rui Brás, e da coordenadora do Clube para a UNESCO Memoriamedia, Filomena Sousa. Estiveram também presentes associações e grupos de Carnaval, assim como cidadãos comuns, interessados em apoiar este evento tão querido para os torrienses e que faz parte do imaginário cultural do Oeste.
A proposta quer destacar o Carnaval de Torres Vedras, para garantir que a tradição se mantém viva, dando-lhe o destaque internacional que merece. Afinal, já é um símbolo de criatividade, sátira e inovação que tanto caracteriza a região.
Como a autarca fez questão de relembrar, o Carnaval entrou, em 2022, para o Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial, graças a um esforço coletivo com a comunidade. “Queremos continuar a dar visibilidade a este evento único, que está no coração do nosso território durante todo o ano”, afirmou a autarca, reforçando a importância de preservar esta herança para as próximas gerações.
É exatamente isso que está em jogo: a candidatura à UNESCO funciona como uma espécie de “plano de salvaguarda” para garantir que a tradição do Carnaval de Torres Vedras continua viva e bem preservada. Este é, aliás, um dos critérios essenciais para entrar na lista da UNESCO, junto com a participação ativa da comunidade, algo que já é uma marca forte deste Carnaval.
Do lado burocrático, a Câmara Municipal garante que está tudo bem encaminhado. O processo envolve várias etapas, como a pesquisa histórica, a documentação das práticas e tradições, e a colaboração estreita entre grupos carnavalescos, artistas e a população.
O dossier da candidatura tem de ser entregue à Comissão Nacional da UNESCO até 15 de março de 2025. Até lá, o caminho será feito em conjunto, com a criação de grupos de trabalho que envolvam todas as partes interessadas, desde a organização até aos foliões que dão vida ao Carnaval.
E, por falar em Carnaval, carregue na galeria para recordar a animação que, anualmente, toma conta das ruas de Torres Vedras.
