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Golas únicas das gémeas mais fashion das Caldas fazem sucesso além-fronteiras

O projeto Twiins nasceu quando tinham 11 anos e já está consolidado, exportando para toda a Europa e Estados Unidos.

Duas gémeas: uma designer de moda e a outra economista. Uma marca consolidada: Twiins. Carolina e Francisca Moniz têm 22 anos, mas já recebem pedidos de encomendas de todo o mundo. Muito comunicativas e criativas, as suas golas foram partilhadas pela influencer de moda, Caetana Botelho Afonso, cuja publicação sobre as Twiins teve mais de 9 milhões de visualizações.

O projeto Twiins surgiu quando tinham 11 anos. Tendo começado a bordar e a tecer aos oito, aos 10 anos já cosiam na sua máquina de costura. Um ano mais tarde, começaram um negócio de bijuteria, para amigos e familiares, em barraquinhas na Foz do Arelho e em S. Martinho do Porto. “As pessoas sentiam que tínhamos uma veia criativa muito apurada e incentivaram-nos a continuar”, contam.

O desafio tem sido fazer “uma gestão de tempo eficiente, tanto para conseguir dar largas à nossa criatividade”, como para se dedicarem “àquilo que é mais importante”: poderem comunicar e dar de si a quem as visita. “E sem nunca descurar a faculdade”, sublinham.

Francisca licenciou-se em Design de Moda na Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa, que concluiu com média de 18,4: é a “criativa” e passou o último ano letivo em Erasmus, em Madrid. Gostaram tanto dela que a convidaram a apresentar três criações suas na Fashion Week da capital espanhola, que decorre em setembro. Carolina terminou a licenciatura em Economia no ISEG e entrou no mestrado em Finance na mesma instituição: é a “gestora”.

No meio de tantos afazeres, garantem: “Não queremos perder a Twiins, porque nos tornou quem somos hoje” e porque “já temos a família da Twiins”.

Nos mercados e feiras em que participam, garantem apresentar produtos exclusivos, por divulgar nas redes sociais, como “mimo” a quem as visita. Entre golas, colares, pulseiras, brincos e macramés, não faltam acessórios para criar um look único.

Há cerca de quatro anos lançámos o projeto das golas, ou seja, uma peça que se coloca por cima de qualquer roupa e que diferencia e transforma um look, por mais simples que seja”, contam. “Esse é um dos grandes objetivos da marca: queremos que cada pessoa se sinta única”.

Como estudante de moda, Francisca reconhece que “as pessoas querem seguir tendências” e explica que a Twiins pretende “desconstrui-lo”. Desde logo, porque as gémeas idênticas sempre procuraram distinguir-se uma da outra. “Muitas pessoas que nos conheciam distinguiam-nos pelos acessórios que cada uma usava, pelas cores da roupa”, recordam.

Catapultadas para o estrelato

Em janeiro do ano passado, a influencer de moda Caetana Botelho Afonso partilhou nas redes sociais um vídeo em que destacava as golas das Twiins. “Teve nove milhões de visualizações”, dizem, explicando que se viram a braços para dar conta de tantas encomendas vindas de todo o mundo.

Dos Estados Unidos ao Brasil, passando por Espanha, Alemanha, França, Reino Unido, Noruega, Suíça, Dinamarca, Colômbia ou México. Por motivos de transporte, acabaram por não conseguir exportar para a América Latina, mas só em janeiro foram mais de 80 golas, todas cosidas por Francisca, que seguiram viagem, com a logística a ser assegurada pela Carolina.

 
 
 
 
 
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Uma publicação partilhada por Caetana Botelho Afonso (@caetanaba)

“Temos uma cliente em Espanha que já comprou cinco golas”, partilham. “As pessoas gostam porque sentem que a peça foi feita com amor”. As gémeas conseguiram dar conta do recado porque as aulas da faculdade já tinham terminado e Carolina, que estuda Economia, conta que aquela época de exames foi a que melhor correu a nível de notas.

Cada gola custa 65 euros e, como são reversíveis, podem ser usadas de ambos os lados, o que maximiza a combinação de looks.

Voluntariado e prazer de ajudar o outro

Em 2021, durante a pandemia, as gémeas aliaram-se ao projeto WeMendes, das Caldas, para produzir botas e toucas para entregar no Hospital das Caldas. “Fazíamos entre 500 e 1000 botas por semana”, recordam as gémeas, que estavam então no 12.º ano. “Tínhamos o material todo preparado e, assim que acabávamos as aulas, era costurar à grande.”

Depois começaram a fazer máscaras, que vendiam pelo custo de produção, e que distribuíam pelos vizinhos que não podiam sair de casa para fazer compras. “Percorríamos as ruas de bicicleta para fazer as entregas e assim acabávamos por praticar desporto”, recordam.

Incapazes de ficar paradas e com a cabeça sempre a fervilhar com novas ideias, assim que acabaram o projeto do material hospitalar com a WeMendes, desafiaram-se uma à outra para experimentar criar novas peças. “Íamos comprar materiais, lãs à Traça-Trapos e à Coolchetes, e criámos um projeto que envolvia o crochê e a tecelagem. Daí surgiu uma coleção-cápsula de malas e coletes.”

Na pandemia, começaram  a fazer painéis de macramé e de macrowave (uma mistura de macramé com tecelagem), e malas inspiradas no século XVIII. Já no verão de 2023, criaram uma loja pop-up nas Caldas, que durou duas semanas, mas os mercados continuam a ser os eventos “pop-up” que mais as atraem.

Este ano, as gémeas mais famosas das Caldas e arredores já passaram pelo VerãoSão e vão estar na Feira dos Frutos, nas Caldas, e na edição de setembro do Bazar à Noite. Pode ficar a par da agenda das Twiins nas suas redes. Na página da Francisca encontra os looks que concebe.

Carregue na galeria para conhecer o trabalho das gémeas mais famosas das Caldas.

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