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Caliente: o novo drinking game português para “apimentar os convívios”

Após o lançamento do dado, o grupo é posto à prova com desafios e questões. O objetivo é juntar as pessoas à volta da mesa.

Há muito que os primos Gabriel Cavalcanti, Gustavo Cavalcanti e Rúben Teixeira sentiam que se estava a perder algo que todos valorizavam: interações com familiares e amigos que não envolvessem os ecrãs dos telemóveis. Reunidos à volta de uma mesa, os três amigos pensaram em alternativas.

Decididos a criar “algo diferente e fora da caixa”, começaram a desenhar soluções em abril. Volvidos oito meses, nasceu a Caliente, a nova marca de jogos de tabuleiro apresentada esta sexta-feira, 27 de novembro, com o objetivo de juntar grupos de amigos e criar bons momentos.

“Sempre quisemos sair da matrix, como costumamos dizer. Já tivemos muitas ideias antes desta”, explica Gabriel, de 20 anos, à NiT. “De um momento para o outro, decidimos criar um jogo de tabuleiro a pensar em festas. Pensámos em algo que as pessoas da nossa idade gostam.”

O primeiro lançamento é um jogo de tabuleiro composto por 34 casas, com diferentes desafios e perguntas para “apimentar os convívios”, sobretudo para quem vai passar a Passagem de Ano rodeada de amigos e, claro, com algum álcool à mistura.

O tabuleiro inclui 8 tokens de jogo, um dado e 150 cartas com desafios. As vermelhas contam com propostas de todo o tipo, das mais tranquilas às mais calientes — que podem terminar com algumas roupas no chão —, enquanto as azuis incluem questões ao estilo “quem é mais provável?”

Esqueça o monopólio.

“Nunca fomos de comprar muitos jogos do género, apenas os mais conhecidos. Porém, queríamos algo que conseguisse unir mais as pessoas”, acrescenta. Os três alinharam e, durante meses, passaram os dias a trabalhar neste projeto, muitas vezes até às três da manhã.

O ponto de partida, claro, foi encontrar um nome. Quando Gustavo sugeriu Caliente, todos concordaram que era uma opção universal e apelativa. “Como é um jogo para apimentar o ambiente, todo o design foi baseado nesta ideia.”

As regras são simples. O primeiro jogador, que tem a linha da partida à sua frente, começa por lançar o dado. Depois, basta esperar que tenha a sorte do seu lado à medida que vai mexendo o peão, de casa em casa, sendo que o tabuleiro pode ser traiçoeiro.

Como é habitual, cada paragem significa um desafio ou uma surpresa. Pode ter de beber, fazer uma dança absurda ou, simplesmente, imitar alguém. “Faz o que tiveres de fazer, sem desculpas”, desafia o jogo.

No final, a pessoa entrega o dado ao jogador que tem à esquerda. É a vez dele se arriscar e o processo repete-se. O primeiro a terminar tem de fazer um discurso “épico” e escolhe alguém para um desafio especial. Mas acaba a primeira rodada, recomeça o jogo com o último vencedor.

“Lançamos o jogo há poucos dias, mas já vários grupos experimentaram. Todos dizem que é diferente do resto que temos no mercado português”, acrescenta Gabriel, que afirma ter estudado a concorrência. “Notámos que havia uma falha e só havia jogos destes em aplicações.”

De amigos a totais desconhecidos, o Caliente tem gerado curiosidade entre os portugueses. Inicialmente foi pensado para um público mais jovem, a partir dos 18 anos, mas tem alcançado clientes que vão dos 20 aos 40 anos. Todos são convidados a experimentar.

A curto prazo, o trio quer criar ainda mais desafios. “Já estamos a pensar em futuros lançamentos, como jogos apenas com cartas”, conclui o fundador. “Queríamos expandir o negócio e, quem sabe, ir além dos jogos. Queremos ter uma marca maior e explorar a criatividade”

O primeiro jogo da Caliente está disponível no site da marca, por 39€.

 

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