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Até ao final de julho há aulas gratuitas de renda de bilros em Peniche

A iniciativa vai decorrer todas as terças feiras, na Escola Municipal de Rendas de Bilros de Peniche. Só precisa de aparecer.
Aulas gratuitas, às terças entre as 20 e as 22 horas.

Nem só de peixe vive Peniche. As mulheres penichenses já se dedicam a rendilhar peças de bilros desde o século XVII, data em que se conhecem os primeiros registos a aludir à arte. Enquanto os homens iam para o mar, as mulheres entretinham-se a fazer rendas para aumentar o orçamento das famílias.

As rendas de bilros são um verdadeiro cartão-postal do artesanato de Peniche. Apesar dos registos do século XVII, foi durante a segunda metade do século XIX que estas rendas alcançaram o seu auge artístico e técnico. Por volta de 1865, a cidade já contava com oito oficinas particulares.

A história deu um salto significativo, em 1887, com a criação da Escola de Desenho Industrial Rainha D. Maria Pia, mais tarde conhecida como Escola Industrial de Rendeiras Josefa de Óbidos. Foi sob a direção de Maria Augusta Bordalo Pinheiro (irmã de Columbano Bordalo Pinheiro), que liderou a escola entre 1887 e 1889, que o ensino da renda de bilros foi revolucionado. A responsável incentivou o uso de desenhos artísticos inovadores e proporcionou uma formação de alta qualidade.

Atualmente, a tradição continua presente na Escola Municipal de Rendas de Bilros de Peniche. A escola continua a honrar o rico património das rendas de Peniche, ao mesmo tempo que fomenta as habilidades de novas gerações.

Todas as terças feiras, até 31 de julho, a escola está aberta entre as 20 e as 22 horas, para que todos possam aprender, relembrar ou praticar a arte de fazer renda de bilros de Peniche.

A atividade tem como objetivo a promoção e divulgação do património, daí que a participação seja gratuita. A escola fica no edifício do Posto de Turismo de Peniche no centro da cidade e é uma referência na defesa deste património local.

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