Torres Vedras tem um novo espaço, inteiramente dedicado a moda para homens, inaugurado a 25 de outubro. Desde acessórios a peças de roupa importadas e escolhidas a dedo, ANNAT MAN é a nova aposta de Ana Fiúza e surgiu após sucessivos pedidos do público masculino, que desejava ter à sua disposição uma loja de moda exclusivamente mascul.
“Nós já vendíamos roupa para senhora na nossa loja, a ANNAT. Apesar de ser um projeto que já estava na minha prateleira, a ANNAT MAN acabou por vir ter comigo. Muitos dos maridos das minhas clientes acompanhavam-nas até à nossa loja e perguntavam: ‘então e para mim, quando é que tem roupa de homem?’, e eu acabava sempre por lhes dizer que só trabalhava com roupa de senhora”, começou por explicar Ana Fiúza, em entrevista à NiO.
No entanto, o ponto de viragem deu-se a partir de um convite especial: “Nós costumamos divulgar a roupa para senhora online e, através dessas divulgações, acabo por ser convidada para vestir a Madalena Abecasis para um casamento, em novembro de 2024. Quando fomos fazer a prova do vestido com ela, o seu marido [Nuno Sebastião] veio ter comigo e perguntou se não tinha nada para ele. Disse-lhe para ele me dar oito dias para lhe arranjar duas propostas de fato para levar ao casamento, e assim foi”, revela Ana.
“Chegou o dia, levei-lhe os dois fatos e quando ele chega à sala com a roupa vestida foi magia. E é aí nessa magia que eu gosto de pegar, porque eu não gosto de vender por vender. Eu escolho tudo com muito detalhe, com uma visão mais profunda do que a moda nos pode trazer, porque eu acho que a moda e a roupa trazem-nos algo muito importante, também comunicamos através da forma como estamos vestidos. Depois desse momento, olhei para a minha filha e disse-lhe: ‘Acho que está na hora de pensarmos nisto a sério’”, continua Ana, admitindo assim que esta foi a última confirmação que necessitou antes de avançar com o seu novo projeto.
Com um conceito bem delineado, a empreendedora de 51 anos, natural de Torres Vedras, não perdeu muito tempo e começou a delinear um plano. “Queria trazer uma nova visão daquilo que é o mundo masculino, que esteve sempre padronizado durante anos. O homem chegava e parecia que vestia a mesma peça em várias cores, e isso desafiou-me a trazer uma nova consciência ao público masculino. Porque é que não podem ter várias peças que façam parte do seu dia a dia e que fujam ao que é o padronizado? É precisamente esse o nosso conceito, queremos que o homem nos procure na nossa loja para podermos ajudá-lo a olhar para si próprio com uma nova visão, uma nova forma de estar e de comunicar através da roupa. É isso que fazemos com a nossa comunidade feminina”.

“Tal como na nossa loja para mulheres, que abriu em 2019, na ANNAT MAN vamos ter várias peças, nomeadamente italianas e espanholas, com um fitting perfeito, com muito conforto e tecidos técnicos. Também vamos ter peças de marca própria, vou começar pelas gravatas e camisas, o que requer uma curadoria um pouco exigente porque, no fundo, eu quero que a marca ANNAT MAN venha a ser uma referência”, confessa Ana, acrescentando que procura marcas que vão ao encontro do seu conceito e da sua visão, evitando sempre encomendar várias peças do mesmo modelo, com o intuito de vender unicidade.
Mostrando objetivos claros, Ana Fiúza explica melhor a sua visão: “Estamos agora a começar e quero entender qual é o estilo do homem que nos procura e qual é o fitting mais adequado. A minha visão sobre o que é a moda masculina é que é um estilo elegante e sofisticado, mas que tem um toque, aquele ‘je ne sais quoi’. Não sabemos muito bem o que é, mas ele está lá”.
Apaixonada por moda, Ana explicou à NiO o que a mais encanta nessa área. “Ver a satisfação das pessoas, as mudanças que vão efetuando consoante as escolhas que fazem. Quando adquirimos uma peça de roupa, não estamos sempre a comprar o mesmo estilo, vai nos apetecendo coisas diferentes, e as pessoas se calhar nunca se questionam porque é que isso acontece. As pessoas querem peças diferentes porque vão mudando interiormente e é isso que me fascina neste mundo da moda. A conexão que existe com aquilo que somos enquanto pessoas, a evolução e a mudança da visão, todo esse prisma fascina-me”.
Ana Fiúza ainda se recorda como tudo começou, muito antes de qualquer loja direcionada para o universo da moda. “Sempre tive o gosto pela moda, sempre li sobre moda e sempre gostei de procurar por mim. Nunca tirei um curso superior de moda, o meu curso superior tem sido a minha experiência de vida. A minha faculdade, nesse sentido, tem sido estar no negócio, estar no atendimento ao público, lidar com os clientes e perceber as necessidades e o estilo de cada um. Tudo isto é uma leitura que eu faço, que para mim é natural e intrínseca. Eu não posso dizer que estudei isto, porque acaba mesmo por me ser natural, e o que é certo é que muita gente gosta e as coisas têm estado ao nível daquilo que também é esperado de mim”, conclui.
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