Na praia do Rei Cortiço, em Óbidos, renasceu um espaço que quer trazer para a região uma oferta diferenciada, com foco na qualidade e na frescura dos produtos que o nosso mar oferece. O Boca Beach Club, com uma localização privilegiada, à beira-mar, é o restaurante indicado para uma refeição reconfortante com vista para o Atlântico – com as Berlengas no horizonte. Além disso, é também um local perfeito para tomar um drink ao pôr do sol na esplanada.
Na realidade, o Boca fica situado num local emblemático para a região, onde funcionava um pequeno bar, há muitos anos. A 9 de julho deste ano, depois de uma remodelação profunda, abriu com uma nova gerência. Esta é composta por Miguel Pedro, Vanessa Doerzbacher, António Ferreira e Nuno Ferreira.
Em conversa com a NiO, Miguel Pedro explicou que “o espaço estava a ser muito mal aproveitado anteriormente”. Contou ainda que conhece a praia desde miúdo e que achava que este merecia um restaurante de qualidade, focado no peixe e no marisco, até por não haver nada semelhante nas redondezas: “Numa zona de praia não haver um restaurante onde pudesse comer peixe grelhado não fazia sentido, então decidimos que esse seria o foco”.

Esta sociedade surgiu porque Nuno já fazia parte da anterior gerência e pretendia dar uma nova vida ao espaço. Para isso, convidou o irmão António, que é empresário da indústria alimentar. Este, por sua vez, convidou o casal Miguel e Vanessa para esta aventura, pela experiência que ambos têm na área da restauração – Miguel trabalha em marketing para grupos de restauração há vários anos, enquanto Vanessa foi supervisora de uma cadeia de restaurantes de luxo.
Assim, renasceu o Boca, com um mote que explica a escolha do nome: “Boca para comer, boca para cantar, boca para beber, boca para beijar”. O restaurante está virado para o Atlântico e é envidraçado a toda a volta, garantindo uma vista deslumbrante. Isso traz ao espaço também bastante iluminação natural. Dispõe ainda de uma esplanada com acesso direto ao passadiço que liga à praia do Rei Cortiço. Daqui, ao fim do dia, pode ainda assistir a um espetáculo natural belíssimo que é ver o Sol a pôr-se alinhado com as Berlengas.

Quanto à ementa, pode contar com uma oferta distinta, que começa logo nas entradas. Um dos principais destaques é a tábua de presunto de porco preto de bolota (custa 16€), que trouxeram de Aracena, no sul de Espanha – zona conhecida precisamente pela qualidade superlativa das suas carnes. Outro dos grandes destaques são os croquetes de carne — duas unidades custam 5€ —, são confeccionados pela mãe de António e esgotam com muita frequência. Tem ainda outras opções como as anchovas cantábricas (10€) ou ceviche com peixe do dia (15€).
Relativamente ao marisco, o foco são produtos nacionais, a começar pelos percebes das Berlengas (80€ o quilo). Outros dos sucessos são os camarões à guilho (16€), com pão para o molho a acompanhar, e o mexilhão à espanhola (14€), onde os sabores a pimento, tomate e cebola são centrais. Tem ainda as tradicionais amêijoas à Bulhão Pato (20€) e o camarão da costa (100€ o quilo).
O peixe grelhado é ainda uma das especialidades. Aqui o lema é “o que temos foi pescado hoje. Amanhã é o que o mar nos der”. Por isso, a oferta de peixe varia todos os dias, conforme o que estiver disponível na lota de Peniche.
Para quem preferir carne, há também opções disponíveis, como bife da vazia à portuguesa, acompanhado com batata frita (24€). Se for um verdadeiro amante de carnes de qualidade e um orçamento mais largo, tem também a vazia maturada (58€), com cerca de 700 gramas – indicada para duas pessoas – e acompanhada também com batata frita.
Proximamente, serão também introduzidos risotos, de modo a adaptar a carta às estações mais frias. Quanto a bebidas, além de uma extensa carta de vinhos nacionais, o Boca oferece cocktails próprios, todos a 12€: o Paixão (com vodka, frutos vermelhos e canela), o Beijo (com rum, maracujá, limão, hortelã e canela) e o Boca (com gin, pepino, manjericão e limão).

Além de um local de refeições, os gerentes contam que querem fazer do Boca um espaço de diversão, com a realização de sunsets com música ao vivo ou DJ set. A partir do próximo verão, pretendem que todos os fins de semana haja atuações desse género na esplanada – e até já montaram um bar exterior para o efeito.
A expansão da Costa de Prata
Para Miguel Pedro abrir este negócio nesta zona, muito próxima de resorts e campos de golfe, fez todo o sentido, uma vez que está em clara expansão. “Já há milhares de estrangeiros residentes só nas freguesias mais próximas, como o Vau, Bom Sucesso e Serra d’el Rei. A região está a crescer muito e temos sentido que a questão da sazonalidade está a esbater-se. Em agosto tivemos uma afluência brutal, e não desceu assim tanto em setembro nem outubro”.
Miguel crê também que a conclusão de projetos nas redondezas, como o Surf Parque, com uma mega piscina de ondas, farão estas povoações da Costa de Prata crescer ainda mais. No entanto, espera que “isso não leve a uma gentrificação – semelhante ao que se passa no Algarve -, que descaracterize a região”.
Carregue na galeria para ver mais imagens do Boca Beach Club, bem como de alguns pratos que poderá provar por lá.

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